Desde 2011, o Semibreve tem sido palco de alguns dos mais conceituados trabalhos de música eletrónica e interdisciplinares de artistas de todo o mundo, cimentando um papel ativo na promoção das artes digitais em Portugal. A decorrer entre 23 e 26 de outubro, a 15º edição passará por vários espaços da cidade de Braga, que irão receber dezenas de "colaborações únicas, performances audiovisuais, instalações e clubbing, bem como workshops e conferências".

Entre as primeiras confirmações deste ano, encontramos momentos como a apresentação de "Concrète Waves", um espetáculo encomendado pelo festival espanhol Sónar e pelo centro de artes britânico Barbicanque, que une o produtor britânico Actress e a compositora norte-americana Suzanne Ciani.

A estreia do novo trabalho da compositora, pianista e baixista iraniana Ava Rasti, "The River", acompanhada por um quarteto de cordas.

Diretamente de Londres e marcando o seu regresso à Hyperdub, a artista experimental aya (Aya Sinclair) traz a Portugal o seu segundo álbum “hexed!”, um dos projetos musicais mais intensos deste ano onde a artista confronta o desespero e a disfunção da dependência.

Depois de estrear na Tate Modern, em Londres, o projeto britânico emptyset - de James Ginzburg e Paul Purgas - regressa a Braga (por onde passou em 2012) para apresentar "Dissever", o seu mais recente álbum traduzido "numa retrospectiva da história da música electrónica e das Media Arts do século XX".

O compositor ucraniano Heinali - veículo criativo de Oleh Shpudeiko - junta-se à cantora ucraniana Andriana-Yaroslava Saienko para apresentar “Гільдеґарда” (‘Hildegard’ em ucraniano). Numa reimaginação única da música de Hildegard von Bingen, a performance combinará as abordagens vocais do canto folclórico ucraniano com técnicas de síntese modular, dando vida à visceralidade paradoxal inerente à escrita visionária de Hildegard.

No programa poderemos ainda assistir ao encontro da violoncelista e música britânica Lucy Railton com a artista e realizadora ítalo-australiana Rebecca Salvadori e o artista visual britânico Charlie Hope, materializado em “Not A Word From Me”, uma performance que mergulha numa experiência de exploração sensorial, imergindo o ouvinte numa série de estados viscerais e psicoacústicos.

A 15ª edição conta ainda com o regresso do Edigma Semibreve Award, um prémio que "celebra e promove a criação de trabalhos que exploram a interactividade, som e imagem através do uso das tecnologias digitais". As candidaturas decorrem até 24 de junho e o vencedor terá o seu trabalho em exibição no festival.

O restante programa será anunciado em breve. Todas as informações sobre o cartaz, os bilhetes e a open call para o Edigma Semibreve Award encontram-se disponíveis em SEMIBREVE FESTIVAL.